Recriamos nossas feridas até podermos curá-las
Isto parece tão óbvio, não? Mas não é tão simples assim… Todos nós temos as nossas defesas inconscientes.
Criamos muralhas de proteção em torno de nossas feridas emocionais. Cercamo-las de todos os lados para que ninguém as veja, nem mesmo nós! Parece que quanto mais escondido, menos dor causa… Ledo engano!
O sofrimento acumulado vai putrefando dentro de nós, como água parada que atrai o mosquito da dengue – como lixo podre que atrai moscas. O cheiro insuportável da dor vem, enfim, à tona.
Podemos esconder da mente consciente, porém os sintomas estão todos ali: infelicidade, tristeza, não realização na vida, seja na área que for.
Olhar para o nosso “esgoto” pessoal é tarefa nossa e de mais ninguém. Saber pedir ajuda, quando necessário… Um “desentupidor” emocional, um “dedetizador” do caos…
Perdoar, deixar ir embora a dor, a mágoa, o sofrimento também é uma escolha nossa. O perdão não surge espontaneamente. É uma conquista, uma prática em escolher o bem e limpar o coração do que nos faz mal.
O passado já passou, é melhor deixá-lo ir, onde está apenas na lembrança. O presente é o único momento real que temos como potencialidade nos curarmos e alimentarmos a cura em todos os níveis do nosso ser: através da ação correta, do pensamento correto, da palavra correta.
Agir conforme o Bem, a Luz, a Verdade. Ser um farol no mundo – esta é a nossa missão.
“Nessa estrada tem passagem dura
Tem momentos como noite escura
Mas na frente, sempre a brilhar
Tem a luz para quem alcançar…”
(Hino do Lúcio Mortmer)
Ana Carolina Reis