O que é uma escola ascensional?
Um belo dia (ou, aliás, em uma bela noite) na qual eu conduzia as meditações do Joshua David Stone pelo YouTube, recebi o nome “Escola Ascensional Aurora Pachamama” e essa logo que ilustra o texto.
Na hora pensei: “escola”? Que nome mais infantil! Claro, minha mente tacanha (sempre) se infiltrando no processo de canalização.
Maaas, como obediente que sou, anotei e fiquei um bom tempo refletindo sobre aquilo…
“Não sei o que vocês querem dizer!” – disse aos Mestres. Primeiro, me fiz de sonsa (literalmente). Sabe quando você ouve e finge que não ouviu? Que não é com você? Tá, eu fiquei assim (acho que em estado de choque) algum tempo, pois na minha alma já sabia exatamente o que isso significava: que eu realmente estaria pronta para cumprir minha missão.
Aquela, que desde os 18 anos eu já sabia que estava destinada a ser, mas que ainda era muito jovem e imatura e que precisava passar por muitas provações (quase uma mistura de provas com expiações), muitas curas, muitas liberações kármicas, muitas permissões e misericórdias divinas (pois sem elas, nada disso seria possível!).
Então, posso agora cantar junto com o Cidade Negra aquela canção: “você não sabe o quanto eu caminhei, pra chegar até aqui”…
Ao mesmo tempo, consciente que essa estrada nunca termina e nem sei se há um começo, ao certo!
Mas que em determinado ponto, não há mais volta!
Não há e sabe por quê? Porque você começa a cansar de dormir, de perambular, meio sonâmbula, meio desperta, de se inebriar com coisas ilusórias que são pura perda de tempo.
Quando você entende aquelas máximas filosóficas: “sei quem sou e o que estou fazendo aqui”, metade da sua vida já está resolvida. A outra metade é buscar, com todas as suas forças físicas, mentais e espirituais possíveis colocá-las em prática.
É fácil? Claro que não!
Por isso há tanta preguiça, pessimismo, desistência na primeira esquina…
Não há orgulho nenhum em caminhar nessa estrada, muito pelo contrário!
Há dor no corpo, há sobrecarga, há pouco sono, há de se ter equilíbrio entre trabalho, família, lazer, missão…
E qual é a diferença entre missão e trabalho?
A missão abrange o seu trabalho e vai mais além. É a sua função principal, que você pode exercer em qualquer trabalho (seja “mundano” ou espiritual).
Porque temos essa mania, enquanto sociedade dual, de terceira dimensão, em dividir tudo em caixas, pacotes, linearizar processos não lineares, querer explicações lógicas para assuntos do coração…
Mas, nem tudo precisa ser científico. Há mais além do preto e do branco…
E nessa nuance de cores, podemos nos encontrar em toda nossa complexidade humana, e poder conciliar (como um arco-íris multicor) todas as cores, prismas, saberes, integrações!
Este é o saber do crescimento integrado, ou da ascensão integrada.
Esse termo ascensão pode ainda causar um certo desconforto, porque atribuímos esse título aos mestres ascensionados (e com toda razão, não há como nos compararmos a eles!).
No entanto, nos fazermos de vítimas e desentendidos: de “surdos”, de “ei, não é comigo”, “finge que não escutei essa intuição” ou, “prefiro não ver o que estou vendo”, sempre é uma opção.
Acordar, aos pouquinhos, em doses homeopáticas diárias é uma forma de dizer SIM à Vida, de honrá-la, não só em relação ao seu pai e mãe terrenos não, mas à sua alma, que te conduz há éons para chegar em outro patamar…
“Ah, mas temos toda a eternidade do mundo, para quê se preocupar com isso agora? Deixa eu aproveitar um pouquinho mais esse “parquinho de diversões” que é a Terra”…
Queridos, sinto-lhes informar que não estamos aqui a passeio.
Se você não tem interesse em acordar, não sei o que está fazendo lendo esse post nessa página, sinceramente!
Vamos parar de nos enganar e fingirmos sermos “bonzinhos e bem educados”.
Precisamos encarar a realidade além do nosso umbigo. E essa realidade é que a Terra está ascensionando, quer nós queiramos ou não. É o nosso planeta, a nossa casa. E quem somos nós além de areinhas cósmicas aqui dentro do “seu corpo planetário”? Somos suas células. Somos parte do Todo. Como se contabiliza um oceano? Por cada gota existente nele. E o deserto? Por cada grão de areia. Percebem?
Vai muito além de nós, mas também somos importantes nesse processo.
Não vamos mais nos fazer de “cegos, surdos e mudos”, por favor!
Somos mais do que imaginamos!
Somos cocriadores! Somos Filhos de Deus, não somos órfãos…
Está na hora de confiarmos em nossa essência divina e dar mais esse passo, cada um em seu andar, sem se comparar com o “de cima ou o de baixo”, pois sempre encontraremos alguém que julgaremos “melhor ou pior” do que nós.
E essas são dualidades apenas do ego negativo, de nada adianta para seu processo ascensional.
O que sua alma espera de ti?
Apenas que você acorde, desperte para sua verdadeira realidade: que é luz, alegria, bem-aventurança divina, plenitude, prosperidade… Em todos os níveis do seu ser, um bem-estar generalizado. E isso não cai de mão beijada, do “céu”, não vem “do nada”, do “além”… É ingenuidade nossa achar que a Nova Era vai acontecer em um passe de mágica. Que, um dia, iremos acordar e pássaros cantarão no céu anunciando a boa nova! Que, de repente, tudo irá se harmonizar dentro de nós, todos os problemas se resolverão… Percebem?
Não há como, trabalhadores da Luz que somos, continuarmos nessa postura infantil perante à Vida. É preciso assumir a responsabilidade pela sua mestria (ou maestria? Sempre fico em dúvida em como usar essa palavra, mas vocês entendem)…
Ser mestre de si mesmo e não dos outros, dos seguidores, dos alunos… Acabou essa fase de “mestre e discípulo”, como antigamente.
A Hierarquia irá sempre existir, sim!
Mas, de outra forma, não o mestre subjugando o discípulo, como se esse fosse um tolo sem conhecimento algum. Percebam que muito das nossas crenças (e resistências) de entrar nesse processo são de nossas vivências kármicas passadas, de vidas nas quais corrompemos esse processo tão belo que é o aprender e ensinar eternos.
Não há mestre sem discípulo (e vice versa!).
Nessa época de muitos mentores, falta sabedoria e discernimento espiritual… E isso não é um julgamento, apenas uma observação humilde, de alguém que já trilhou um pouquinho essa caminhada. Hoje as pessoas fazem um curso e se intitulam mentoras e querem guiar outras! Que tolice! Só podemos ser guias de nós mesmos. E sendo seu próprio guia, como a carta 9 do Tarô, o “Eremita”, poderemos iluminar nossa chama interna e pelo nosso farol, consequentemente, sermos guias para os outros, sem pretensão alguma.
Como um guia cego pode guiar outro cego?
No início tive medo/receio desse papel de guia, não queria (e continuo não querendo), pois vejo cada alma como uma “parte” de Deus. E não quis aceitar fundar essa escola por medo de parecer mais uma “tola” entre tantos… Mas, esse meu julgamento me fez perceber que essa “falsa humildade” também não me faria cumprir minha missão. Nossa, estava diante de um grande dilema!
Como iria obedecer e criar a escola ascensional, se eu mesma não acreditava nesse modelo de “mestre e discípulo”? Todas minhas experiências prévias nesse sentido foram péssimas, com salvas exceções…
Era como se meu aprendizado “torto” passasse primeiro pelo como “não ser”, para depois encontrar o jeito mais “harmônico” de realizar as coisas.
Tive muitos professores espirituais nesta vida que quase me fizeram desistir de todo esse processo. Eu só não desisti, um pouco pela minha teimosia (kkk), porque queria muito e minha alma e os mestres não deixaram (sério!).
Sempre recebi uma ajuda crucial em alguma encruzilhada do caminho.
Tive muitas oportunidades, inclusive, de desistir da Vida. Mas, depois que escrevi o “Xô, depressão”, minha Fênix renasceu, e ela me conduz (sempre!) a cada novo (re)nascimento…
E como é lindo renascer! É quase como um morrer, só que mais sublime (principalmente, porque continuamos vivos! Kkk). Piadas à parte, para trazer leveza a esse tema tão denso, é poder explicitar que não é fácil explicar o que é a Escola Ascensional Aurora Pachamama sem falar do meu processo e de como tudo isso começou. Poderia ter escrito: “ah, é assim e assado”, mas isso não explicaria!
Porque explicar a Ascensão é difícil até para mim que vivo isso há tantos anos e nunca tive coragem de me expor tanto como estou fazendo agora.
Por que o faço, então?
Porque estou sendo exigida. Porque não há mais tempo! Porque a hora é agora!
E cada um de nós tem o papel-chave nessa mudança planetária. Isso pode ser leve, não precisa mais virar asceta, celibatário, renunciar sua família e ir para o mosteiro no Tibet, na floresta, ou onde for! É possível viver diariamente com gotas de iluminação, sem se achar superior aos outros e sem se achar a menor das criaturas (pois, para isso há as formigas! Kkk brincadeira! Amo as formigas! …)
Podemos cumprir lindamente nossa missão primeiramente querendo e estando dispostos a isso:
- Eu quero acordar?
- Quero saber o que vim fazer nessa Terra?
- Quero saber qual meu propósito divino?
- Quero viver com mais clareza, lucidez, amorosidade e paz em todos os níveis do meu ser?
- Quero aprender a me conectar espiritualmente, além de qualquer religião, credo, dogmas, para realmente sentir minha essência divina e colher todo o crescimento e bem-aventurança que ela promove?
- Quero viver além da dualidade, com a minha consciência na quinta dimensão e ancorar a unidade em todo meu ser?
(…)
- Quero ou tenho preguiça?
- Quero (mas não quero tanto!)
- Não sei se quero… Tenho medo.
- Não sei se isso é pra mim ou pra gente muito evoluída (ai gente, essa é ótima!) Kkk perceba que seu ego negativo vai criar mil e oito motivos para não embarcar nessa jornada de autoconhecimento, porque Ascensão nada mais é do que Autoconhecimento aplicado, já parou pra pensar nisso?
E pode ser simples, leve, divertido… Pode ser com sua família e vida “mundana”, desde que leve a sério seu compromisso espiritual, que basicamente é a máxima que Jesus ensinou: “Buscai primeiro o Reino de Deus e a Sua Justiça e tudo mais vos será acrescentado”…
Primeiro vem as primeiras coisas, já ouviu falar nisso?
Então, sejam bem-vindos a essa nova etapa da Escola Ascensional!
Com muito amor! Com frio na barriga (se bem que com esse cansaço da mudança, tô anestesiada até! Kkk), mas com garra e coragem, tô aqui!
E espero que essas mensagens inspiradas reverberem em algum coração com ânsia de se conectar e ir além…
Alguma alma que esteja pronta a novos despertares, que são diários, que vão acontecendo naturalmente, quando encaramos esse processo com simplicidade e de olhos abertos.
“Com pés no chão, cabeça nos céus, equilíbrio no coração”… Como recebi certa vez em um hino devocional.
É preciso estar disposto (só!). E começar, dia a dia, a se colocar a serviço. A invocar seu Eu Superior a cada momento do dia, enquanto cozinha, trabalha, cuida dos filhos, da casa, uma vida bem comum mesmo…
Mas que se torna grandiosa quando ganha essa dimensão espiritual: “eu sei o que estou fazendo aqui e cumpro minha missão com alegria!”
Minha missão é ser um pilar de luz, só. Posso fazer isso em qualquer lugar, é só eu me lembrar e me conectar, é simples. O difícil é colocar em prática. Mas pode ser tão divertido, como uma brincadeira de criança! Basta a perspectiva que colocamos nela.
Te convido a olhar para dentro e se (re)descobrir. Será um lindo passeio, entre vales e colinas dentro de si mesmo, mas que valerá muuuito a pena!
“Não deixe para amanhã o que você pode fazer hoje!”
Ana Carolina Reis