Como transformar uma dor em força?

Por Aurora

Taí todo o processo terapêutico, resumido em um título. Como fazer isso?

Ou na linguagem leiga: “fazer de um limão, uma limonada?”
Na teoria, parece fácil: pegue o limão, esprema, coloque açúcar (ou não), gelo (à vontade), mexa e está pronto!
Mas, e na vida real?

Como transformar aquela dor lá no fundo do coração, aquela que você não mostra pra ninguém, em algo mais saudável dentro de nós?

E fazer isso, dando um lugar às dores, reconhecendo-as e não, simplesmente, jogando para debaixo do tapete ou puxando pelo aspirador, sem processar o que aconteceu.

Resumindo: não há como fugir do processo terapêutico! Queremos (gostaríamos!) de uma varinha mágica, uma pílula, algo que fosse instantâneo e “pluft!” aquela dor sumiu, foi embora, sequer existiu!

Mas não é assim…

Envolve tempo, desprendimento, autoconhecimento, e cada terapia e terapeuta vão dançar uma música diferente até ressoar à alma, aquele processo que de repente, “do nada” parece que acontece: a tão almejada “cura” ou libertação.
Chegar lá (ou aqui, como costumo escrever) acontece dentro de um processo chamado tempo, que pode ser longo, pode ser curto, mas há sempre um quê de mistério!

Envolve também tantas variáveis! Uma das principais é a “liga” entre paciente e terapeuta, pois sem o ingrediente amor e afeto nada acontece!

Outro ponto fundamental é o desejo da pessoa se curar. Depende dela se abrir, colocar em prática e realizar essa alquimia no seu próprio tempo, o tempo certo!

Para cada um é diferente e só quem conhece esse caminho é seu coração, ou alma/Eu Superior, como quiser chamar!
A sabedoria que nos move por trilhas inimagináveis, nos faz passar por aventuras, emboscadas, e tudo é aprendizado.
Tudo, tudo… Até às dores pelo caminho, os calos e percalços fazem parte da vitória final. Se é que há um final! Pois no caminho de autoconhecimento, as dores se tornam mais amenas, sim, e mais suportáveis, mas o processo… Ah, esse é eterno!
E desconfie de quem disser que já percorreu esse caminho, pois está enganado. Esse caminho nunca acaba, apenas fica mais leve…
Amém!
Ana
“Entrego, confio, aceito e agradeço.”
Prof. Hermógenes